- Taberna Dos Magos -
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Paradigma tradicional, moderno e pós-moderno e Sigilos, Servidores e Deuses-arquétipos

Ir para baixo

Paradigma tradicional, moderno e pós-moderno e Sigilos, Servidores e Deuses-arquétipos Empty Paradigma tradicional, moderno e pós-moderno e Sigilos, Servidores e Deuses-arquétipos

Mensagem por Caoistic Qui Abr 07, 2016 4:06 pm

Iniciarei algumas traduções de textos e tópicos antigos do site chaosmatrix.org

Data: 3 Dezembro 1995 23:39:03
From: Mark Defrates <defrat@chartres.ee.tulane.edu>
To: tzimon@crl.com

Este é a primeira parte de um trabalho escrito por marik (Mark Defrates), o post possui data de 03/12/1995.

Sigilos, Servidores e Deuses-arquétipos.

Sigilos, servidores e deuses-arquétipos são três "técnicas" que magistas do Caos utilizam para por em prática suas intenções mágicas. Sigilos são "feitiços magickos" desenvolvidos e ativados para alcançar determinado objetivo, bem definidos e com fins limitados. Servidores são entidades criadas por um magista e "carregado" com certas funções. Deuses-arquétipos são estruturas de crenças complexas, geralmente adotadas e "alicerçadas" mentalmente por um grande número de pessoas, estruturas estas que o magista interage de maneira a realizar intenções mágicas amplas. Estas três técnicas não são tão distintas como suas definições podem sugerir, elas tendem a se misturar umas com as outras. O propósito deste texto é explicar essas ferramentas mágickas, indicar seus usos apropriados para diferentes intenções mágickas e mostrar como essas ferramentas se relacionam com as teorias gerais da Magia do Caos e do Dzog Chen, uma forma de Budismo Tibetano.

Parte um: Sigilos.

1. Um Universo nem do Homem, nem de Deus.

O uso das técnicas da Magia do Caos pressupõe determinadas atitudes e conceitos em relação à magia, que são relativamente novas na historia do ocultismo. Essa posição, por falta de uma palavra melhor, pode ser descrita como pós-moderna, partindo do pressuposto de que não é uma visão tradicional nem moderna. As diferenças entre essas abordagens para com a magia - tradicional, moderna ou pós-moderna pode ser elucidada como três concepções da natureza do universo. A abordagem tradicional é baseada na metafísica Judaico-Cristã e enxerga o universo como algo antropomórfico, na imagem do deus cristão, ou mais raramente, outra forma antropomórfica. O magista tradicional acredita que o universo é entendido pela consciência humana porque os homens são feitos a imagem de deus.
A visão moderna é essencialmente uma reação a visão tradicional, e é humanista ao extremo. Aqui o universo pode ser visto como "newtoniano", como uma máquina que é ultimamente compreensível pela consciência humana, embora os humanos devem ter que evoluir para uma forma mais poderosa para ser capaz de fazê-lo.
A visão pós-moderna dos magistas do Caos negam que o universo pode ser compreendido pela mente humana. Influenciados pelas física moderna, particularmente pela mecânica quântica e pela teoria do caos, os magistas do caos tendem a aceitar o universo como uma séria de fenômenos que possuem pouco relação com os seres humanos. Em outras palavras, a magia tradicional pode ser compreendida como centrada em deus, a magia moderna centrada nos humanos enquanto os pós-modernos afastam-se até mesmo da ideia de centro. Uma breve revisão acerca das abordagens tradicionais e modernas para com a magia cerimonial pode ajudar a iluminar a posição "freestyle" dos magistas do caos.

Magistas cerimoniais usam da magia ritualística para criar efeitos em si mesmo ou no universo, mudanças que eles acreditam que não podem acontecer de maneira eficiente pelos meios normais de ação. Todos magistas concordam que a magia pode causar mudanças, mas poucos iriam argumentar que a mudanças é inevitável, completamente previsível ou totalmente percebida pelo operador. Todos magistas, em uma extensão maior ou menor, estão engajados em uma constante dinâmica em que questões de desejos, controles e crenças pessoais são postos a prova contra as estruturas do sistema de crenças universal, o conceito de vontade (will) como uma força universal, as ideias de destino, predestinação e karma. No núcleo deste confronto está a questão da natureza do universo. A questão é: é o universo centrado no homem ou designado, criado e mantido por uma força divina ou ele, como a ciência moderna aparenta indicar, "apenas está lá"?

Até recentemente, magistas tendiam a se distinguir entre si por matizes e as "cores de magia" (branca, cinza e negra) referem-se precisamente a esta dinâmica, a confrontação entre os desejos pessoais do magista e um padrão universal de moralidade e lei. Praticantes da magia branca, e num sentido mais amplo, da cinza, tentam remover si mesmos do debate ao insistir que seus atos mágicos são inspirados apenas pelos motivos mais elevados no sentido de auto-conhecimento, que, de fato, eles desejam apenas fazer a vontade de seus poderes mais elevados conhecidos como seu Sagrado Anjo Guardião. A perdição irá acontecer, assim eles dizem, para aqueles que utilizam magick para objetivos auto-centrados ou para fins materiais. Praticantes da magia cinza podem proclamar que a utilização de magick para fins materiais em alguns fins é válido em determinadas situações, mas raramente para fins egoístas. Donald Michael Kraig, com a arejada superficialidade comum dos magistas tradicionais, em "Modern Magick" conceitua como magia branca o uso de magick para o propósito de obter conhecimento e conversação com o Sagrado Anjo Guardião (1), magia cinza como a utilização de magick para propósitos de causar benefícios materiais ou não-materiais para si mesmo ou para outros (2) e magia negra como a utilização de magick para o propósito de causar dano material ou não-material para si mesmo ou para outros (3). Kraig foi influenciado por Aleister Crowley e pela Wicca moderna. Wiccanos, sempre preocupados com o fato de que sua magia branca pudesse escorregar em alguma contração inconsciente de desejos e se tornar magia negra, "corrigiram" o axioma de Crowley "Faça o que quiseres pois é tudo da lei" com um enervante modificador "e não prejudique ninguém". Kraig, preocupado que os leitores de seu tratado pudessem cair no poço da magia negra, encoraja magistas neófitos a praticar apenas magia branca. Felizmente, dois-terços de seu livro trata-se de confecção de talismãs, grimórios e métodos corretos de expulsar demônios. Poucos magistas resistem a atração da magia negra, apesar dos protestos. Isso acontece porque até mesmo magistas influenciados pela Wicca não são, assim como os wiccanos, devotos de uma religião. Isto é dizer que Magistas estão interessados na dinâmica das vontades pessoais versus (para utilizar o termo de Crowley) a Verdadeira Vontade (True Will), enquanto wiccanos, assim como cristãos, judeus e islâmicos entendem que eles aceitaram a sujeitarem suas vontades para o que eles entendem ser a vontade de suas deidades. Magistas, ao contrário, não possuem esta certeza. Este fator, mais do que qualquer outro, representa a intensa suspeita que aqueles devotos de alguma religião possuem para com aqueles que praticam magick.

A designação de "mago negro" ainda é um termo que magistas utilizam para mal-dizer outros magistas. Aleister Crowley, indiscutivelmente a maior influência no desenvolvimento da magick deste século, e, para propósitos deste trabalho, definido como mago tradicional, utilizou o termo desta forma. em "Magick", por exemplo, ele afirmou "qualquer vontade que não seja aquela a abrir mão do self para o amado é Magia Negra" - "any will but that to give up the self to the Beloved is Black Magick" (4). Isto é dizer, qualquer uso de magick que não for o seu método de uso é magia negra. Em algum outro lugar, Crowley murmurou sombriamente sobre a existência de "Lojas Negras" e "Irmãos Negros", magos que escolheram permanecer no Abismo, a lacuna metafísica entre as primeiras três sephiroth e o resto da Arvore da Vida (Daath). Um mago desta matiz, Crowley afirmou, secreta "seus elementos em volta de seu Ego, como se fosse isolado do universo" (5), e vira suas costas para o verdadeiro objetivo da magick, que de acordo com Aleister, é se reconectar com o conhecimento e a Conversação com o Sagrado Anjo Guardião. É a elevação do Homem Completo em uma linha reta vertical. Qualquer desvio desta linha tende a se tornar Magia Negra. Qualquer outra operação é magia negra (6). Como estudantes de misticismo vão reconhecer, este objetivo é idêntico com o objetivo místico da união do Self com Deus. Crowley, certamente, escreveu isso com os pés firmemente plantados no paradigma Judaico-Cristão, um paradigma em que o universo é visualizado como Adam Kadmon, o Grande Homem, e assim, totalmente antropomórfico.

Em 1969, Anton Lavey postulou o argumento da magia negra moderna quando, na "Bíblia Satânica" ele afirmou "não há um na terra que perseguiu estudos no ocultismo, metafísica, yoga, ou outro conceito de 'luz branca' sem a gratificação do ego ou poder pessoal como objetivo" (7). Mais além, Lavey alegou "não há diferença entre magia branca ou negra, exceto na presunçosa hipocrisia, culpa camuflada de justiça, e auto-engano dos 'magos brancos' em si mesmos" ( 8 ). Assim, o termo magro negro começou a ser associado com um estilo de magick que não distingue entre interesses-egoístas e auto-conhecimento. Lavey em sua organização, A Igreja de Satã, e mais tardiamente Michael Aquino em sua ordem cismática, O Templo de Seth, argumentou que a vontade do magista é suprema. Ambos negaram inclusive a existência de uma Vontade Universal. Lavey afirmou "O satanista percebe que o homem, e a ação e reação do universo, é responsavel por tudo e não se engana em pensar que alguém se importa" (9). Michael Aquino afirmou "O Mago Negro, por sua vez, rejeita o desejo de união com o universo e qualquer tática de auto-engano designada a criar tais ilusões" (10).

Infelizmente, a recusa dos magos negros modernos em lidar com a possibilidade de que o homem pode não ser o centro do universo, ou ser apenas um em uma grande série de fenômenos interdependentes conduz a um erro. Relutantemente, parece até adotar uma visão completamente materialística ou mecanicista do universo, Lavey e Aquino abraçam o fantasma (ou a alma - the ghost) na máquina, e afirmam que o ego individual pode continuar após a morte. Assim, Lavey afirmou "Se uma pessoa foi vital ao longo de sua vida e lutou até o fim por sua existência terrena, é este ego que vai se recursar a morrer, até mesmo após o fim de sua carne que sustentou seu ego"(11). Não existe, é claro, sequer um ponto de evidência que prova que isso aconteceu ou que pode acontecer, mas magistas de todas as matizes, juntos com os seguidores de quase todas as religiões do mundo, continuam a bradar a existência de uma fagulha trans-pessoal, individualizada que vai de alguma forma perdurar e passar pelo processo de nascimento, vida, morte e decomposição, como uma espécie de homúnculo eterno. Aparentemente a noção de que o universo pode não ser centrado no homem é assustador até mesmo para satanistas e magos negros modernos, e o velho conceito de alma é arrastado para fora do paradigma Judaico-Cristão, lavado e apresentado como o "Ego Totalmente Gratificado" dos modernos satanistas imortais. (rs)

Oscilando no limite da magia pós-moderna, Peter Caroll, o primeiro contemporâneo que ajudou a popularizar a Magia do Caos, em "Liber Null and Psychonaut" aceitou a ideia de que a força universal pode não ser uma força que tenha muita relação com a humanidade. Ele afirmou "A força que iniciou e move o universo, e a força que se encontra no centro da consciência, é excêntrica e arbitraria, criando e destruindo sem razão ou propósito, a não ser seu próprio divertimento. Não tem nada de espiritual ou moral acerca de Chaos e Kia. Nós vivemos em um universo onde nada é verdadeiro..." (12). Carrol estava ciente da verdadeira natureza do ego, e afirmou "desenvolver um ego é como desenvolver um castelo contra a realidade" (13). Além disso, ele reconheceu que "O verdadeiro Sagrado Anjo Guardião é apenas a força da consciência, mágica, e geniosa em si mesmo, nada mais. Não pode se manifestar no vácuo: é sempre expressada em alguma forma, mas suas expressões não são a coisa em si mesmo" (14). Nesta declaração, Carrol alinhou a si mesmo com a visão do universo da mecânica quântica, uma visão que recursa a discriminar fenômenos na base de conceitos dualistas, mas salienta a onda como natureza de energia. E esta também o ponto de vista do Budismo sofisticado. A frase chave "Prajna Paramita", uma sutra crítica no desenvolvimento da metafísica budista, afirma: "forma é apenas vazio e vazio é apenas forma".

Em última análise, no entanto, Carroll relutou assim como os satanistas a deixar ir o confortante paradigma da alma ou espírito, e mesmo tendo contribuido com a visão do universo como um fluxo quântico, afirmou "o adepto magista que fortificar seu espírito pelo meio da magia pode ser capaz de carregar seu ego para um novo corpo" (15). Isto acaba por ser uma falha catastrófica na abordagem de Carroll para com a magia, uma falha que reforça sua crença na eficácia da magia hierárquica, uma contradição dos princípios fundamentais da Magia do Caos, que replica o fluxo não-ordenado de fenômenos no universo. O ego, afinal de contas, é uma construção ordenada que não tolera algo tão pequeno como a inevitabilidade de mudança. Talvez o problema se encontra na afirmação de Carroll que "processos físicos sozinhos jamais irão explicar a existência do universo" (16), uma declaração que deriva da configuração mental dualista da física newtoniana e da ocidental filosofia aristotélica. Talvez seja apenas fruto do medo da morte.

Ainda concorrente com essa discriminação negra/branco, da abordagem dualista dos ocultistas ocidentais, sempre houve outra corrente, a shamanista, abordagem orgiástica que deliberadamente borra essas definições e visa confrontar o universo como um processo dinâmico e não humano. Essa abordagem, contudo, é usualmente domínio da arte e artistas mais do que ocultistas. Poetas modernos desde Matthew Arnold's foram obcecados com o reconciliamento da imaginação poética com a ideia de um universo inumano. Arnold reconheceu o universo em 1867 como um lugar que:

"Não tem realmente nem alegria, nem amor, nem luz, nem certezas, nem paz, nem ajuda para dor e estamos aqui em um plano de trevas, varrido com alarmes confusos de luta e fuga, onde exércitos ignorantes combatem a noite"

("Hath really neither joy, nor love, nor light, Nor certitude, nor peace, nor help for painn And we are here as on a darkling plainSwept with confused alarms of struggle and flight, Where ignorant armies clash by night")

Quando T.S Elliot escreveu "The Wastelands" em 1922, ele viu o universou como "um monte de espelhos quebrados", uma metáfora que habilmente descreve o estilhaço dos conceitos familiares do universo ao refletir uma face humana. Um ano antes, W. B. Yeats em "The Second Coming" concorreu:

"Coisas caem por terra; o centro não pode segurar; Mera anarquia é afrouxada sobre o mundo. A maré esmaecida de sangue é afrouxada, e em todo lugar a cerimônia da inocência é afogada."

[...]

Artistas por mais de cento e cinquenta anos têm se deparado com esta face de um universo caótico, onde o homem se encontra longe de um ponto central. De fato, o ocultismo tem sido uma das últimas áreas de atividade intelectual humana a avaliar esta percepção do universo. Não até o desenvolvimento da Magia do Caos.

A Magia do Caos deriva de uma série de posições mágicas articuladas por Austin Osman Spare, um contemporâneo de Aleister Crowley. A visão de Spare foi influenciada pelo trabalho de William Blacke, e é contida sucintamente em sua obra "The Book of Pleasure". A abordagem de Spare para com a magia e o universo foi validade pelos descobrimentos da nova física, pela ciência quântica, e pela matemática do caos. A base metafísica do sistema de Spare é similar com a do Dzog Chen, uma forma de budismo tibetano. Spare escreveu "The Book of Pleasure" entre 1909 e 19013, mas a maioria de seu trabalho foi ignorado até Carroll começar a escrever sobre. Existe um grande número de razões para isso. A obra de Spare foi impressa em pequenas quantidades e ele não visava a fama. Seu estilo é elíptico e obscuro. Seu trabalho é difícil de entender na ausência de suas exuberantes ilustrações, e desde que suas ilustrações são feitiços, ou mais precisamente, sigilos, elas afetam um nível profundo da mente, e tendem a distrair o leitor do conteúdo de seus escritos. Seu estilo é declaratório, arrogante, e utiliza um vocabulário especial, onde as definições devem ser buscadas fora do texto. Mas talvez o de mais importância, o ponto de vista de Spare do universo é não-humano, e consequentemente o contexto mágico centrado em deus ou no homem não existe. Apenas quando o pensamento metafísico contemporâneo mudou para permitir uma visão não antropomórfica do universo, que foi possível o trabalho de Spare ser acessível. Até mesmo nos dias de hoje, junto com Kenneth Grant, é um dos menos lidos e menos entendidos entre os escritores ocultistas modernos.

Spare inicia com a ideia de Kia, em que ele diz, é um eco do Tao Te Ching, "O Kia que pode ser expressado por ideias concebíveis não é o Kia eterno, que consome toda e qualquer crença" (17). Assim, ele não designa (O kia eterno) com o nome que mais tarde é adotado pelos magistas da caos magick, Caos, mas concentra-se na manifestação imediata do sem-forma, o qual ele descreve como "a ideia do self". Essa é precisamente o ponto de vista do Dzog Chen. Dzog Chen, uma forma de "bruxismo" búdico desenvolvido por Padmasambhava, postula a criação do universo manifesto como ocorrendo no instante que a concepção do self se desenvolve. Spare disse que Kia "anterior ao paraíso e terra, em seu aspecto que transcende estes, mas não inteligência, pode ser considerado como o princípio sexual primordial, a ideia de prazer no amor-próprio" (18). No Dzog Chen o impulso inicial separa o vazio da forma, o nirvaba di samsara e desenvolve o pensamento dualístico. A multiplicidade do universo é consequência desta separação/divisão.

Um dos símbolos centrais do Dzog Chen é o dorje. Uma forma de cajado mágico, o dorje é composto de dois falos estilizados encontrados por uma pequena bola central. O dorje é, de acordo com o Dzog Chen, um ensinamento secreto. Este ensinamento é um tesouro escondido por Padmasambhava. O todo do dorje refere-se ao potencial ilimitado do universo, e assim, em termos modernos, é a imagem do Caos, ou o Fluxo quântico do universo que se encontra antes do pensamento discriminatório, inseparável, indissociável. As duas extremidades do dorje referem-se, respectivamente, a forma e ao vazio, ou samsara e sunyata. A esfera central que junta as duas extremidades desta simetria bilateral é oco, para mostrar a potencialidade desconhecida na interseção entre forma e vazio, e também refere-se a corrente do caos. Assim, o dorje é um símbolo tri-dimensional que simboliza a manifestação do universo em si, desde a unidade através da dualidade em seu estado completo e complexo. Como Spare disse "assim como a unidade concebeu a dualidade, que gerou a trindade, gerou tetragrammaton" (19).

[CONTINUA]....



Notas:

1.      Donald Michael Kraig:  Modern Magick, Llewellyn, St. Paul,
Minnesota, 1992, p. 10

2. Kraig, p. 11

3. Kraig, p. 12

4. Aleister Crowley:  Magick, Samuel Weiser, York Beach, Maine,
1973, p. 60

5. Crowley, p. 332

6. Crowley, p. 294

7. Anton LaVey:  The Satanic Bible, Avon, 1969, p. 110

8. LaVey, p. 110

9. LaVey, p. 41

10. Michael Aquino: General Information and Admissions Policies,
Temple of Set, San Francisco, California, 1994, p. 4.

11.     LaVey, p. 94

12. Peter Carroll: Liber Null and Psychonaut, Samuel Weiser, York
Beach, Maine, 1987, p. 154

13.     Carroll, p. 165

14.     Carroll, p. 103

15.     Carroll, p. 167

16.     Carroll, p. 151


17.     Austin Osman Spare: Book of Pleasure (Self-Love), from From the
Inferno to Zos: The Writings and Images of Austin Osman Spare,
               First Impressions, Seattle, 1993 , p. 7

18.     Spare, p. 7

19.     Spare, p. 9
Caoistic
Caoistic
Admin

Mensagens : 4
Data de inscrição : 28/03/2016

https://tabernadosmagos.directorioforuns.com

Ir para o topo Ir para baixo

Paradigma tradicional, moderno e pós-moderno e Sigilos, Servidores e Deuses-arquétipos Empty Re: Paradigma tradicional, moderno e pós-moderno e Sigilos, Servidores e Deuses-arquétipos

Mensagem por Caoistic Qui Abr 07, 2016 4:08 pm

Reservado
Caoistic
Caoistic
Admin

Mensagens : 4
Data de inscrição : 28/03/2016

https://tabernadosmagos.directorioforuns.com

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos